Como a música faz a ponte entre algumas cenas, procuramos reler este tema de forma que ele ,em cada um desses momentos, preparasse a “alma” do público para a atmosfera da cena seguinte. Assim a música entra e sai sempre o mais sutilmente possível, e o tema é relido diferentemente a cada execução, segundo a atmosfera requerida.
É difícil dizer em que estilo ele se encontra justamente por isto, porque ele se transforma toda vez, e se de início vem com ares impressionistas termina sendo reapresentado em forma de uma fuga não rigorosa, onde todos os instrumentos terão ocasião de cantá-lo, como que numa chamada unânime, uma conclamação onde nos sentimos todos tocados de amor e de fé.
Homero Feijó